Hoje gostaríamos de compartilhar um texto apresentado na SEP 2012 pela palestrante Elisângela Gusi, que realmente acrescentou-nos muito mais do que apenas práticas para o dia a dia, mas um aprendizado para toda vida.
“Não é bastante ter ouvidos para se ouvir o que é dito.
É preciso também
que haja silêncio dentro da alma.“
Alberto Caeiro
A gente não agüenta ouvir o que o outro
diz sem logo dar um palpite melhor, sem misturar o que
ele diz com aquilo que a gente tem a dizer. Como se
aquilo que ele diz não fosse digno de descansada
consideração e precisasse ser complementado por aquilo
que a gente tem a dizer, que é muito melhor...
É preciso tempo para
entender o que o outro falou. Se falo logo a seguir
são duas as possibilidades.
Primeira: “Fiquei em
silêncio só por delicadeza”, na verdade, não ouvi o
que você falou. Enquanto você falava,
eu pensava nas coisas que eu iria falar, quando você terminasse sua (tola) fala. Falo como se você não
tivesse falado.
Segunda: “Ouvi o que
você falou”. Mas isso que você
falou como novidade eu já pensei há muito tempo. É coisa velha para
mim. Tanto que nem preciso
pensar sobre o que você falou.
"Em ambos os casos
estou chamando o outro de tolo”.
O que é pior que uma
bofetada. leia mais...
Trecho do texto "Escutatório"
de Rubem Alves
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